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Kiev e Ocidente Discutem Ataque à Província Russa de Kursk, Revela Assessor de Zelensky

por master
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17/08 – Em uma revelação controversa, Mikhail Podoliak, assessor de alta escalão do presidente ucraniano Vladimir Zelensky, afirmou que Kiev discutiu o ataque à província russa de Kursk com seus parceiros ocidentais, apesar de muitos desses países terem negado oficialmente qualquer envolvimento ou conhecimento prévio da operação. A declaração foi feita durante uma entrevista ao jornal britânico The Independent.

Podoliak admitiu que “houve conversas entre aliados, mas não em nível público”, sugerindo que, embora os diálogos tenham ocorrido, eles foram mantidos em segredo. No entanto, países como Reino Unido e Estados Unidos negaram ter sido informados previamente sobre a ofensiva das Forças Armadas ucranianas em território russo. “Há certas coisas que devem ser feitas com um elemento de surpresa”, justificou Podoliak.

O assessor explicou que o ataque a Kursk foi visto como uma tática “psicológica” para forçar o presidente russo, Vladimir Putin, a negociar. “Temos que usar instrumentos absolutamente claros para coagir a Rússia [a negociar]. Um deles é um instrumento militar de coerção”, enfatizou Podoliak, reforçando a estratégia militar adotada por Kiev.

Podoliak também expressou frustração com as limitações impostas pelos aliados ocidentais sobre o uso de certas armas fornecidas à Ucrânia, como os mísseis de longo alcance Storm Shadow, que a Grã-Bretanha permitiu que fossem usados apenas dentro do território ucraniano. “Quando as armas são transferidas para a Ucrânia, [elas] devem se tornar nossa responsabilidade. Temos todas essas conversas sobre direito internacional, mas é nossa própria escolha como gastamos esses recursos”, afirmou.

A reação de Moscou ao ataque foi rápida e contundente. O presidente Vladimir Putin, que reiterou em várias ocasiões que a Rússia “nunca recusou” as negociações de paz, afirmou que não há possibilidade de diálogo com uma parte que ataca civis. Segundo Putin, a proposta de paz russa inclui a retirada das Forças Armadas ucranianas das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie, além de garantir a neutralidade de Kiev e o abandono dos planos de adesão à OTAN.

Após o ataque a Kursk, Putin afirmou que as ações de Kiev visaram “semear o medo na sociedade russa”, mas que essa tentativa reflete uma “total incompreensão” do ânimo do povo russo. De acordo com Rodion Mirozhnik, embaixador especial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, a operação ucraniana, em vez de acelerar as negociações de paz, as adiou indefinidamente.

Essa situação complexa e tensa aumenta ainda mais a incerteza sobre o futuro das relações entre Rússia e Ucrânia, com implicações globais, à medida que ambos os lados continuam a adotar estratégias de força e pressão em um conflito que parece distante de uma resolução pacífica.

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