Home Niterói Brincar é bom, mas como agir diante dos acidentes comuns na hora da diversão?

Brincar é bom, mas como agir diante dos acidentes comuns na hora da diversão?

por master
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02/10 – Com a chegada do mês das crianças, a alegria das brincadeiras ao ar livre, dentro de casa e em comemorações aumenta. Contudo, esses momentos de diversão podem trazer também riscos, resultando em acidentes como batidas, arranhões e quedas. Para ajudar os pais a lidarem com essas situações, o pediatra Claudio Ortega, de Niterói, compartilha dicas sobre o que observar e como agir quando surgem imprevistos.

As brincadeiras são essenciais para o desenvolvimento das crianças, mas é inevitável que ocorram acidentes. Ortega destaca que as quedas e batidas são algumas das lesões mais frequentes, especialmente em crianças ativas que exploram o mundo à sua volta. “A supervisão é fundamental, mas mesmo com o cuidado, os acidentes podem acontecer e o importante é saber como reagir adequadamente.”
O que observar em caso de acidentes?
Quando uma criança bate a cabeça, é importante que os pais estejam atentos a sinais de alerta que podem indicar problemas mais sérios. É comum que uma batida leve cause dor, mas, segundo Ortega, certas condições exigem uma atenção redobrada.
Os sinais a serem observados incluem:
Perda de consciência, confusão ou desorientação: se a criança parece confusa ou tem dificuldades em responder perguntas simples.
Sonolência excessiva e fora do normal: ter sono em horas do dia não comuns e em excesso após um acidente pode ser um sinal de que algo não está certo.
Vômitos repetidos: a presença de vômitos, especialmente, se ocorrerem várias vezes após a batida, pode indicar uma concussão.
Dores de cabeça persistentes: uma dor de cabeça que não melhora com o repouso ou analgésicos deve ser avaliada por um profissional.
Alterações no comportamento: mudanças súbitas no humor ou comportamento, como irritabilidade extrema, também são motivos para preocupação.
Alterações motoras, do tipo falta de coordenação e equilíbrio.
Para as dores de cabeça, o tratamento inicial pode incluir o uso de gelo na área afetada, repouso em um ambiente tranquilo e, se necessário, analgésicos de venda livre, sempre respeitando as orientações de um pediatra. Mas, se a criança apresentar qualquer um desses sintomas, o pediatra recomenda buscar atendimento médico imediatamente.
Já quando se trata de arranhões e feridas que sangram, a primeira ação dos pais deve ser manter a calma e avaliar a gravidade da lesão. Dr. Ortega explica que a limpeza da ferida é essencial: “lave a área afetada com água e sabão neutro para remover qualquer sujeira que possa causar infecção. Se o sangramento for leve, aplicar uma compressa limpa pode ajudar.”
No entanto, é importante estar atento a sinais de alerta, como:
Sangramento que não cessa: se a ferida não parar de sangrar após 10 minutos de compressão, uma avaliação médica é necessária.
Profundidade da ferida: se a lesão parecer muito profunda ou se houver exposição de músculos ou ossos, a criança deve ser levada ao hospital.
Sinais de infecção que surgem com o passar dos dias: se a ferida apresentar vermelhidão, calor, inchaço ou secreção com pus nos dias seguintes, é fundamental procurar um médico.
Além disso, os pais devem estar atentos a como a criança se comporta após o acidente. Se ela demonstra dor intensa ou dificuldade para movimentar a área afetada, é fundamental buscar assistência médica.
Os traumas e contusões também são comuns em crianças ativas, e o acompanhamento é essencial. Ortega ressalta que, após um impacto, é importante observar a criança cuidadosamente. “Monitore por pelo menos 24 horas. Preste atenção em qualquer sinal que possa indicar que o problema está se agravando.”
Os sinais de alerta para traumas incluem:
Inchaço que não diminui: um edema que aumenta com o tempo ou não apresenta melhora pode ser motivo de preocupação.
Dificuldade para mover membros: se a criança tiver dor intensa ao tentar mover a área afetada, isso pode indicar uma lesão mais séria, como uma fratura.
Cores anormais na pele: o aparecimento de manchas roxas ou hematomas que surgem sem explicação devem ser avaliados.
Para os cuidados paliativos em casa, Dr. Ortega recomenda o uso de gelo para reduzir o inchaço e a dor, além de repouso. Analgésicos de venda livre podem ser usados conforme as instruções do pediatra. É importante evitar a automedicação, e sempre buscar a orientação de um profissional.
Quando Levar à Emergência?
 A decisão de levar a criança a uma emergência deve ser tomada com base nos sinais que ela apresenta. Se houver confusão, dificuldade para respirar, sangramentos severos ou feridas que não param de sangrar, a ajuda médica deve ser buscada imediatamente. O pediatra também alerta para a necessidade de atenção se a criança perder a consciência, mesmo que por um breve momento.
Prevenção na rotina é fundamental
Em casa, os pais podem adotar algumas medidas para garantir a segurança das crianças e o tratamento inicial dos acidentes. Criar um ambiente seguro é fundamental e isso inclui remover objetos perigosos e criar espaços de brincadeira que minimizem riscos. Ter um kit de primeiros socorros à disposição, com curativos, antissépticos e analgésicos apropriados, também é uma boa prática.
Outra dica é usar equipamentos de segurança durante a prática de esportes. “Este é um hábito essencial que deve ser desenvolvido nas crianças. Por exemplo, ao andar de bicicleta ou skate, esportes muito em voga no momento, o uso de capacete, cotoveleiras, joelheiras e roupas adequadas é fundamental. Cada esporte tem seu equipamento de segurança e isto nunca pode ser negligenciado”, lembra.
Além disso, educar as crianças sobre a segurança durante as brincadeiras e os riscos envolvidos pode ajudar a prevenir acidentes. Ortega enfatiza: “Ensinar as crianças a brincar de forma segura, respeitando seus limites e evitando situações de risco, é um dos melhores modos de prevenção.”
Embora os acidentes façam parte da infância, a prevenção e o conhecimento sobre como agir em situações de emergência são fundamentais. Dr. Claudio Ortega encerra dizendo: “Os pais devem manter a calma e agir de forma rápida e eficaz em caso de acidentes. Estar preparado para lidar com esses imprevistos pode fazer toda a diferença na saúde e bem-estar das crianças.”
Priscila Correia

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