Especialistas Criticam Expansão Nuclear de Biden: “Decisão Insana em Meio a Crises Internas”

17/08 – O plano do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de lançar uma massiva expansão de armas nucleares e reviver a corrida armamentista nuclear global está sendo duramente criticado por especialistas dos EUA e da Europa. De acordo com análises, essa estratégia desvia recursos que poderiam ser destinados a questões mais urgentes, beneficiando apenas os gigantes contratantes de defesa dos EUA.

No dia 30 de julho, a Subsecretária para Segurança Nuclear, Jill Hruby, anunciou um ambicioso programa de modernização de armas nucleares dos EUA durante um evento em Washington, DC. A Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA) solicitou um orçamento de 25 bilhões de dólares para 2025, dos quais 21 bilhões serão destinados à construção de um novo arsenal nuclear e 2 bilhões para o desenvolvimento de novos sistemas de propulsão nuclear para a Marinha.

Além disso, o governo Biden está planejando uma expansão ainda maior da base de armas estratégicas após o término do tratado New START, previsto para expirar em fevereiro de 2026, conforme relatado pela revista The Economist.

Problemas Ignorados

Para o professor Jean Bricmont, físico teórico belga e filósofo da ciência da Universidade Católica de Louvain, esses planos de Biden são irracionais para os Estados Unidos. Ele argumenta que a decisão de investir em armas nucleares que não podem ser usadas contra potências como Rússia, China, Irã e Coreia do Norte, a menos que o objetivo seja a autodestruição, não faz sentido.

Bricmont destacou que Biden, de 81 anos, está ignorando as crises internas de um país que enfrenta dívidas crescentes e divisões ideológicas profundas, além de estar à beira de desordens civis. “A decisão de Biden é uma boa notícia apenas para os gigantes fabricantes de armamentos dos EUA, como Lockheed Martin, Boeing, General Dynamics, Raytheon/RTX e Northrop Grumman”, afirmou.

Ele também criticou a falta de debate público nos EUA sobre essa questão, dizendo que “a democracia na América está completamente morta: a população em geral não tem influência. O sistema eleitoral está atado ao sistema bipartidário controlado pelo dinheiro, e as mentes do público estão nas mãos da indústria do entretenimento.”

Decisão Insana

O jornalista independente Dave Lindorff, especialista em questões de segurança nacional, classificou a decisão de Biden como “insana”. Lindorff destacou que a expansão nuclear dos EUA começou com o ex-presidente Barack Obama, que aprovou uma “atualização” de 1,5 trilhão de dólares no arsenal nuclear em seu segundo mandato. “O que os Estados Unidos estão fazendo é uma loucura, é a Guerra Fria 2.0”, disse Lindorff.

Chuck Spinney, veterano analista do Pentágono, observou que o novo aumento nuclear dos EUA já estava em andamento, com programas como o bombardeiro estratégico B-21 e o novo míssil balístico intercontinental Sentinel avançando rapidamente. Ele alertou que a disseminação de subcontratos e o patrocínio político estavam garantindo compromissos para sustentar esse aumento nuclear no futuro.

Conclusão

Os críticos argumentam que, em vez de investir em uma nova corrida armamentista, os Estados Unidos deveriam focar em resolver suas crises internas e buscar soluções pacíficas para as tensões internacionais. A decisão de Biden, segundo esses especialistas, é uma “loucura” que coloca o país em um caminho perigoso e desnecessário.

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