20/10 – A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Educação, aplicou neste sábado (19/10) as provas da 2ª fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), no Centro de Apoio Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC) Elomir Silva, em São José do Imbassaí, e no Centro Educacional Municipal (CEM) Joana Benedicta Rangel, no Centro.
Entre os participantes, 700 alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio das redes pública municipal, estadual e do Instituto Federal Fluminense (IFF). Uma delas foi Sofia Azevedo, 11 anos, moradora de Bambuí e aluna do 6º ano da Escola Municipal Vereador João da Silva Bezerra, que fica na Divinéa, na Barra de Maricá, e fez sua prova no CEM Joana Benedicta Rangel.
“Eu gosto de matemática. Para mim, poder participar dessa prova de hoje está sendo uma oportunidade incrível. Meu sonho é ser professora de matemática. Então, isso abre muitos caminhos que podem me ajudar a entrar com a minha vaga de emprego como professora”, contou.
Seu colega de sala, Miguel Oliveira, 11 anos, também estava animado para fazer a prova. “Gosto de matemática e estou achando muito bom poder fazer a prova. Eu estudo muito matemática porque quero trabalhar em duas coisas: como engenheiro civil e programador. Vou ter duas profissões”, disse o aluno.
Avó de Miguel, Carla Cristina Marciana, 56 anos, falou sobre a alegria de saber que o neto pode participar do exame. “Graças a Deus ele está crescendo. Mesmo com toda a dificuldade dele, ele conseguiu. Isso me deixa muito orgulhosa, porque é uma vitória não só do Miguel, mas da família inteira”, comemorou a moradora de Cordeirinho.
Coordenador de matemática do município e professor da Escola Municipal Vereador João da Silva Bezerra, Paulo Alexandre, explicou que para facilitar o acesso dos alunos aos locais de prova e reduzir o número de faltas, a rede municipal disponibilizou transporte.
“Antigamente, o pai tinha que trazer o aluno. De 100 estudantes, acabavam só vindo 10. A rede municipal de educação se organizou, e neste ano, o aluno foi para a sua escola e pegou um ônibus que o trouxe até aqui, no Joana. Ele almoçou, vai fazer a prova, aí depois, o ônibus os leva de volta. Com isso, aumentou o número de alunos participando”, explicou o coordenador.
“Além de estimular o ensino da matemática no município, trabalhamos o raciocínio lógico. Isso faz com que o aluno aprenda a fazer outras avaliações, como no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que é uma avaliação pela qual eles vão passar nos próximos anos. E vai melhorar o ensino de matemática também na rede toda, porque no Brasil é bem precário”, esclareceu Paulo Alexandre.
O também professor de matemática da rede municipal e assessor da Secretaria de Estado, Akauã de Ávila, explicou que dependendo do nível, os alunos são premiados com medalhas. “Foram 20 questões na primeira fase e serão 10 nessa segunda. Se os alunos forem bem nessa prova, eles ganham medalha. Então, se eles forem bem, podem ganhar medalha de ouro, prata, bronze ou até a de menção honrosa”, disse.
A competição científica foi promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC).
A divulgação dos premiados será no dia 20/12 e os vencedores serão convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) que propicia o contato com conteúdos mais profundos da Matemática. Estudantes de escolas públicas recebem uma bolsa de incentivo de R$ 300 para participar do programa.
