17/08 – O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram nesta sexta-feira (16) uma série de parcerias estratégicas para garantir recursos destinados a iniciativas de combate à criminalidade no país. Uma das principais ações já em andamento é o Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Amas), que recebeu um aporte de R$ 318 milhões. Outros projetos, que incluem a utilização de fundos de financiamento, estão sendo discutidos e devem ser implementados em breve.
Os detalhes das parcerias foram apresentados pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Ambos enfatizaram a importância desses projetos para a segurança pública e para a economia do Brasil.
“Estamos muito empenhados em construir iniciativas para fortalecer a segurança pública do Brasil. Não é propriamente uma tradição da instituição, mas o BNDES tem que estar aberto aos desafios. E a segurança pública tem uma relação direta com a eficiência econômica e com o Custo Brasil. Então, precisamos encontrar outras fontes de recursos, para além do orçamento público que possui hoje restrições fiscais importantes”, destacou Mercadante.
Lewandowski reforçou a ideia de que o envolvimento do BNDES na segurança pública faz sentido, dada a importância do tema para a estabilidade econômica e a atração de investimentos estrangeiros. “Nós temos tido reuniões com empresários e com outros segmentos da sociedade civil. A estabilidade econômica depende muito da segurança pública, o investimento estrangeiro depende da segurança pública”, afirmou.
O ministro também mencionou que as ações na Amazônia, previstas no Plano Amas, já estão em andamento e são fundamentais para a defesa da região. “É um projeto importantíssimo que já está de pé e visa a defesa da região de uma forma sistêmica, envolvendo os nove estados que integram a Amazônia Legal e os nove países lindeiros. Envolve a luta contra a criminalidade, o desmatamento ilegal, o tráfico de pessoas e de drogas, o garimpo ilegal”, explicou Lewandowski.
Os R$ 318 milhões destinados ao Plano Amas foram alocados pelo Fundo Amazônia, criado em 2008 e gerido pelo BNDES, que capta recursos de doadores nacionais e internacionais. Lewandowski afirmou que a expectativa é de que novos aportes sejam realizados, com a meta de alcançar a quantia de R$ 1 bilhão no futuro.