Tensão Global Aumenta com Alegações de Planos de Ataque Nuclear da Ucrânia

17/08 – Nesta sexta-feira (16/08), informações divulgadas pela mídia russa colocaram o mundo em estado de alerta ao sugerirem que as forças armadas ucranianas poderiam estar planejando um ataque com minibombas “sujas” contra usinas nucleares na Rússia e em regiões anexadas por forças pró-Moscou. A preocupação global cresceu com a notícia de que ogivas contendo substâncias radioativas teriam sido entregues à cidade de Zhovti Vody, na região de Dnipropetrovsk, na Ucrânia.

Alegações de Provocação Nuclear

De acordo com o correspondente militar Marat Khairullin, as forças ucranianas estariam preparando uma “provocação nuclear” em locais de armazenamento de combustível nuclear gasto, possivelmente na cidade de Rylsk, na região de Kursk. “Fontes do outro lado relatam que as [forças armadas ucranianas] estão preparando uma provocação nuclear — uma explosão de uma bomba nuclear suja”, afirmou Khairullin no Telegram. Ele acrescentou que o risco de ataques nas usinas de Kursk e Zaporizhzhya é elevado.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia desmentiu as informações, com o porta-voz Heorhii Tykhyi chamando as alegações de “propaganda insana”. “Nós oficialmente refutamos essas falsas alegações. A Ucrânia não tem intenção ou capacidade de tomar tais ações. A Rússia deve parar de espalhar mentiras perigosas”, declarou Tykhyi no X.

Reações e Acusações

A escalada das tensões levou autoridades russas a mobilizarem-se rapidamente diante da ameaça. Uma “autoridade de segurança” citada pela agência Sputnik afirmou que os ataques planejados visariam locais de armazenamento de combustível nuclear, utilizando cargas com ogivas preenchidas com substâncias radioativas. Além disso, surgiram rumores de que serviços de inteligência ocidentais, particularmente do Reino Unido, estariam supervisionando o ataque, com Sergei Lebedev, coordenador da resistência pró-Rússia, alegando que armas da OTAN estariam envolvidas.

A Ucrânia já teria utilizado mísseis de fabricação ocidental, como o sistema HIMARS, para atacar alvos civis na região de Kursk, de acordo com a chancelaria russa. O governador interino da região, Alexei Smirnov, relatou a destruição de uma ponte sobre o rio Seym atribuída a um ataque ucraniano.

O Kremlin advertiu que qualquer ataque nuclear será tratado como terrorismo e que todas as medidas necessárias serão tomadas para proteger as instalações nucleares.

Reação Internacional e Contexto

O gabinete do secretário-geral da ONU recusou-se a comentar os relatos, direcionando as questões para a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). “Por favor, entre em contato com a AIEA”, disse o porta-voz adjunto Farhan Haq.

Essas tensões ocorrem enquanto o arsenal nuclear global, liderado pela Rússia, está em vias de expansão pela primeira vez desde a Guerra Fria. Estudos recentes indicam que o crescimento do arsenal nuclear deve aumentar nos próximos anos, elevando o risco de uso dessas armas.

A escalada militar segue operações ucranianas na fronteira russo-ucraniana, com a Rússia reforçando a segurança nas usinas nucleares e criticando o fornecimento de armas pelo Ocidente à Ucrânia. Desde o início da operação militar russa em fevereiro de 2022, o presidente Vladimir Putin afirmou que a operação visa proteger as pessoas no Donbass e garantir a segurança da Federação Russa.

Conclusão

O cenário de crescente tensão e as alegações de um possível ataque nuclear ampliam o risco de uma catástrofe e acentuam a necessidade de uma resposta internacional coordenada para prevenir a escalada do conflito.

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