18/08 – A Convenção Nacional Democrata, que começa nesta segunda-feira (19), promete ser um evento marcante, tanto pela mudança inesperada de candidatos quanto pelos protestos que devem ocorrer do lado de fora. Com duração de quatro dias, o evento está atraindo atenção nacional e internacional, especialmente devido à troca de liderança na chapa presidencial do partido.
Joe Biden, de 81 anos, que encerrou sua campanha de reeleição há um mês, após intensas pressões de membros influentes do Partido Democrata, fará um discurso na noite de segunda-feira. O presidente busca defender a candidatura de sua vice, Kamala Harris, e unir o partido na missão de derrotar o ex-presidente Donald Trump, de 78 anos, nas eleições de novembro. Fontes indicam que Harris, de 59 anos, deve se juntar a Biden no palco, onde ele simbolicamente “passará a tocha” para ela.
Harris aceitará formalmente a nomeação na quinta-feira à noite, com um discurso muito aguardado. Se eleita em 5 de novembro, Harris entrará para a história como a primeira mulher a ocupar a presidência dos Estados Unidos.
A convenção, no entanto, não será apenas marcada pela troca de candidatos. Um grande número de manifestantes, incluindo uma coalizão de cerca de 200 organizações de justiça social e grupos pró-palestinos, se reunirá fora do perímetro de segurança para protestar contra o apoio do governo Biden à ofensiva israelense em Gaza. Esses manifestantes marcharão por uma rota de 1,6 km pela cidade, e alguns delegados pró-palestinos dentro da convenção estão pressionando para que o partido adote uma postura mais restritiva em relação ao envio de armas para Israel.
Kamala Harris chega à convenção em um momento histórico. Sua campanha quebrou recordes de arrecadação de fundos, lotou arenas com apoiadores e mudou o cenário político em estados-chave, colocando os democratas em uma posição competitiva nas próximas eleições. No domingo, Harris realizou uma viagem de ônibus pelo oeste da Pensilvânia ao lado de seu companheiro de chapa para vice-presidente, o governador de Minnesota, Tim Walz, onde criticou Trump, sugerindo que o ex-presidente é um covarde cuja política se baseia em atacar rivais.
A convenção será um teste de unidade para o Partido Democrata, que agora aposta na liderança de Kamala Harris para derrotar Donald Trump e continuar no comando da Casa Branca.
